1. A LINGUAGEM DE PLATÃO A AGOSTINHO
1. Introdução
A Filosofia da
Linguagem ganha uma metodologia específica somente no século XIX. Mas, desde a
antiguidade, ocorrem debates sobre a natureza da linguagem. Antiguidade:
Platão, Aristóteles, Crísipo e Agostinho. Idade Média: Porfírio e Boécio.
A filosofia da linguagem como campo
específico e com metodologia própria só surge no século XIX com Gottlob Frege.
No entanto, desde os pré-socráticos os filósofos tratam a respeito da natureza
da linguagem. Comece a traçar essas ideias gerais a partir da antiguidade:
1. Em
Parmênides surge a preocupação sobre
a correspondência entre discurso e existência. Um fragmento diz “o que é, é...
o que não é, não é. Ou de outra forma no fragmento conservado por Simplício: “Necessário
é o dizer e pensar que (o) ente é; pois é ser, nada não é”. Seu pensamento
serve de suporte para o realismo.
2. Górgias:
O discurso revela a existência das coisas; o discurso é diferente da
substância; o discurso nasce dos objetos da sensação; é impossível conhecer as
coisas em si mesmas.
2. Platão: Crátilo e Sofista
Platão
é adepto da linguagem como convencionalismo e faz uma análise da estrutura
sintática da linguagem – nome e verbo (Crátilo); distingue os níveis sintático
e semântico do discurso; pode-se negar o verbo e não o nome; o ser é expresso
pelos nomes ou verbos. Eles constituem a proposição atômica. O discurso breve
(proposição atômica) carrega um valor de verdade. Pensamento: é diálogo
interior e silencioso da alma consigo mesma (Sofista).
O problema principal do
convencionalismo parte da seguinte questão: A correção dos nomes se dá por
convenção ou é natural? A representação não se firma na semelhança, mas no
costume. Portanto, a designação dos objetos ocorre por convenção e
costume. O valor de verdade está além
dos nomes.
3.
Aristóteles:
Poética e De Interpretatione
Aristóteles
desenvolve uma semântica da decomposição e recomposição da proposição (sujeito,
cópula e predicado) com propósito lógico; um enunciado pode significar uma
coisa só ou resulta da conjunção de várias partes (Poética); nome e verbo indicam
a pausa e a fixação do pensamento sobre algo particular; é a existência da
coisa que determina se a asserção é verdadeira (De Interpretatione).
Aristóteles segue o convencionalismo
– O significado dos nomes ocorre por convenção. Nenhum é por natureza. Uma
sentença é composta por partes dotadas de significado. As sentenças
declarativas são postas em termos de verdadeiro ou falso.
2. Crísipo de Soles nas Máximas dos Filósofos
Pseudo-Plutarco - No
qual se diferenciam representação, representado, imaginação e imaginado. A
linguagem ocorre por um processo de representação. Esta representação é a
impressão dos objetos na mente. A imaginação é uma impressão sem objetos.
5. O signo nos megárico-estoicos
Aspectos do signo:
1) Portador de signo.
2) Designado (objeto designado).
3) Interpretado (a imagem mental do
designado).
4) Intérprete (sujeito que utiliza o
signo).
6. O De Magistro de Agostinho
A finalidade da palavra
é ensinar ou evocar recordações. A comunicação permite expressarmos a vontade
por meio de signos. Anterior a isso, há atividade do pensamento. Tudo é
indicado por sinais/signos. O som e o sinal. Aprendizagem ocorre pela visão
(sentidos). A compreensão, no entanto, acontece no interior da mente.
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