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sábado, 22 de maio de 2021

O problema da linguagem na antiguidade

 1.     A LINGUAGEM DE PLATÃO A AGOSTINHO

 

1.    Introdução

 

A Filosofia da Linguagem ganha uma metodologia específica somente no século XIX. Mas, desde a antiguidade, ocorrem debates sobre a natureza da linguagem. Antiguidade: Platão, Aristóteles, Crísipo e Agostinho. Idade Média: Porfírio e Boécio.

     A filosofia da linguagem como campo específico e com metodologia própria só surge no século XIX com Gottlob Frege. No entanto, desde os pré-socráticos os filósofos tratam a respeito da natureza da linguagem. Comece a traçar essas ideias gerais a partir da antiguidade:

1.      Em Parmênides surge a preocupação sobre a correspondência entre discurso e existência. Um fragmento diz “o que é, é... o que não é, não é. Ou de outra forma no fragmento conservado por Simplício: “Necessário é o dizer e pensar que (o) ente é; pois é ser, nada não é”. Seu pensamento serve de suporte para o realismo.

2.      Górgias: O discurso revela a existência das coisas; o discurso é diferente da substância; o discurso nasce dos objetos da sensação; é impossível conhecer as coisas em si mesmas.

 

2.    Platão: Crátilo e Sofista

 

     Platão é adepto da linguagem como convencionalismo e faz uma análise da estrutura sintática da linguagem – nome e verbo (Crátilo); distingue os níveis sintático e semântico do discurso; pode-se negar o verbo e não o nome; o ser é expresso pelos nomes ou verbos. Eles constituem a proposição atômica. O discurso breve (proposição atômica) carrega um valor de verdade. Pensamento: é diálogo interior e silencioso da alma consigo mesma (Sofista).

O problema principal do convencionalismo parte da seguinte questão: A correção dos nomes se dá por convenção ou é natural? A representação não se firma na semelhança, mas no costume. Portanto, a designação dos objetos ocorre por convenção e costume.  O valor de verdade está além dos nomes.

 

3.    Aristóteles: Poética e De Interpretatione

 

     Aristóteles desenvolve uma semântica da decomposição e recomposição da proposição (sujeito, cópula e predicado) com propósito lógico; um enunciado pode significar uma coisa só ou resulta da conjunção de várias partes (Poética); nome e verbo indicam a pausa e a fixação do pensamento sobre algo particular; é a existência da coisa que determina se a asserção é verdadeira (De Interpretatione).

Aristóteles segue o convencionalismo – O significado dos nomes ocorre por convenção. Nenhum é por natureza. Uma sentença é composta por partes dotadas de significado. As sentenças declarativas são postas em termos de verdadeiro ou falso.

 

2.    Crísipo de Soles nas Máximas dos Filósofos

Pseudo-Plutarco - No qual se diferenciam representação, representado, imaginação e imaginado. A linguagem ocorre por um processo de representação. Esta representação é a impressão dos objetos na mente. A imaginação é uma impressão sem objetos.

 

5. O signo nos megárico-estoicos

Aspectos do signo:

1) Portador de signo.

2) Designado (objeto designado).

3) Interpretado (a imagem mental do designado).

4) Intérprete (sujeito que utiliza o signo).

 

6. O De Magistro de Agostinho

A finalidade da palavra é ensinar ou evocar recordações. A comunicação permite expressarmos a vontade por meio de signos. Anterior a isso, há atividade do pensamento. Tudo é indicado por sinais/signos. O som e o sinal. Aprendizagem ocorre pela visão (sentidos). A compreensão, no entanto, acontece no interior da mente.

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