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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Ética hedonista



ALGUMAS QUESTÕES SOBRE ÉTICA
NA OBRA A POTÊNCIA DE EXISTIR DE MICHEL ONFRAY

As notas a seguir foram tomadas a partir da leitura da segunda parte da obra “A Potência de Existir” de Michel Onfray. O filósofo francês aborda o problema da ética para uma sociedade pós-cristã.

1. Necessidade de uma ética estética

Depois das guerras sangrentas do século XX conceber uma alma bela, inativa e impotente, conforme a tradição, é algo irrealizável. Depois do Iluminismo, ultrapassamos a ética do herói e do santo para chegarmos à ética do sábio.[1]
         A ética ocidental é presa à teologia. O fundamento da moral é Deus. Mas a questão é outra. O homem tem de prestar contas de seus atos aos seus semelhantes e não ao outro. A filosofia e a teologia tradicionais consideram a moral a partir da alma, porém, ética é uma questão de corpo.
         O dualismo cartesiano substância pensante/substância extensa teve seu tempo, agora o homem é neuronal. A ética é produzida e não dada. O bem e o mal não existem a priori. A moral não é uma tarefa teológica entre homem e Deus, mas da relação entre homens.
         O outro não é um rosto, como querem os lévinasianos, mas um conjunto de sinais nervosos ativos em um aparelho neuronal. A educação moral se faz a partir do adestramento dos neurônios.
         “O indivíduo construído pela sociedade e a sociedade construída pelo indivíduo se nutrem e se modificam substancialmente”.[2] A solução para a educação é a construção de um cérebro ético.

2. A ética cristã e a ética hedonista

Michel Onfray ao propor uma ética estética faz as seguintes considerações sobre a moral cristã: A ética cristã convida a amar o próximo como a si mesmo por amor a Deus. O outro não é visto como um fim em si mesmo, mas como uma condição para dizer que ama a Deus.[3] O filósofo considera que este tipo de ética se mostrou inútil no episódio de Auschwtiz por provar a insensatez de amar o próprio algoz.
Diferentemente da relação triangular da moral cristã, Onfray propõe uma ética fundada sobre o Eu. E não fala das virtudes, mas das ações. Portanto, não haveria amizade, mas prova de amizade. Assim se segue com as demais virtudes. Ética não se faz com conceitos puros, é uma questão prática. O outro é devedor de esforço e de responsabilidade dentro do esquema ético.
Nas escolhas morais, o filósofo cita o cálculo de Epicuro: Não ceder a nenhum prazer se este deve ser pago mais tarde com um desprazer. Portanto, evitar o prazer instantâneo. A soma dos prazeres deve ser sempre superior à dos desprazeres.
Trata-se de uma ética dinâmica, baseada em casos concretos. E se educa para uma ética assim, praticando-a. o hábito implica o adestramento neuronal. A prática da cortesia abre espaço para tantas atitudes de abertura ao outro.[4]

REFERÊNCIA

ONFRAY, Michel. La Potenza di Esistere: Manifesto edonista. Milano: TEA, 2009.
        




[1] ONFRAY, Michel. La Potenza di Esistere: Manifesto Edonista. Milano: TEA, 2009, p. 80.
[2] ONFRAY, 2009, p. 88.
[3] ONFRAY, 2009, p. 94.
[4] ONFRAY, 2009, p. 99.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Universidade de Paderborn abre centro de pesquisas sobre mulheres filósofas

Crédito:  Universität Paderborn.
Nesta segunda-feira, dia 24/10, foi inaugurado o primeiro Centro Internacional de "História das Mulheres filósofas e Cientistas" (HWPS) na Universidade de Paderborn, Alemanha. O centro será dedicado ao estudo do pensamento de filósofas e cientistas. Um tema pouco divulgado atualmente.
    O projeto foi financiado com 1,3 milhões de euros conforme anunciado pela ministra da Ciência Svenja Sculze. O centro será dirigido pela professora Ruth Hagen Gruber. A principal professora a discursar foi Mary Hellen Waithe, da Universidade de Cleveland, pioneira e pesquisadora sobre mulheres filósofas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Filozofio al la esperantistoj

ENHAVO A LA FILOZOFIO



José Aristides da Silva Gamito[1]

Kio estas filozofio? Mi deziras skribi iomete pri filozofio al esperantistoj. Filozofio estas antikva disciplino ke celas kompreni la mondon kaj la ekzisto de la homo. La filozofio influas la progreso de la scienco kaj estas bazo por la morala penso.
La okcidenta filozofio komenciĝis kun tri miletanoj pensistoj. La unua estis Taleso de Mileto. Li estas iniciatinto de la filozofio pri la naturo. Li eksplikis la originan elementon de la mondo. Taleso diris ke tiu elemento estis la akvo.
La dua filozofo, Anaksimandro, definis ke la originala elemento estis la senfino. Ĉiuj aferoj estis farita de senfino. Anaksimandro, la tria pensisto, instruis ke la principo estis la aero.
Do la filozofio komenciĝis per scienco de la naturo. Sed la respondoj estis ankorau similaj al la mitologio. La unuaj filozofoj estis nomiĝita de presokratoj ĉar alvenis antau la granda filozofo Sokrato.



[1] Filozofo kaj profesoro de filozofio en la Seminario Dioceza de Caratinga, Brazilo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Ideb 2015: Qual o futuro da escola brasileira?

IDEB RUIM: TEMPOS DE REPENSAR A ESCOLA

Os números do IDEB divulgados nesta quinta-feira, dia 08/09, apontam para um quadro desanimador na educação brasileira. Os números mostram que o desempenho começa bom nos anos iniciais do ensino fundamental e que vão piorando ao longo dos anos. O resultado de toda essa trajetória é um ensino médio de baixa qualidade.
A meta do IDEB seria 4,3 pontos, mas atingiu apenas 3,7. Isso mostra que os problemas da educação são estruturais. Dizem respeito a questões políticas, sociais, econômicas e de ideais.
O investimento em educação não é exemplar, porém, a escola pública brasileira tem recebido incentivos nas últimas décadas como nunca. Isso parece não ser suficiente. A escola precisa ser repensada politicamente, mas creio que deve ser repensada socialmente. Como a sociedade hoje vê a escola? Como a família vê a escola? Talvez aí esteja a chave do problema.
A criança e o adolescente que estão na escola têm características muito diferentes das outras décadas. A família é outra, a sua relação com a escola é outra. A vinculação do dever de estudar a emprego e manutenção de bolsa-família é perigosa. Juntamente com incentivos externos para estudar, são necessárias motivações internas.

A recuperação do aspecto humano na relação professor/aluno é indispensável. Não pode persistir essa oposição entre família e escola, entre aluno e professor. Onde não há diálogo, não há escuta, não há certamente aprendizagem. Recuperar a disciplina do aluno e a autoridade do professor, tudo isso ajuda muito! Escolas menos violentas, menos tumultuadas, com o apoio da família e o suporte financeiro do Estado poderão fazer a diferença.



Fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/ideb-no-ensino-medio-fica-abaixo-da-meta-nas-escolas-do-brasil.ghtml

domingo, 15 de maio de 2016

Aprender a interpretar



PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO
(Método adaptado da Exegese)

1.    Identificação do gênero, estilo e a finalidade do texto.

2.    Obter informações sobre o autor e seu contexto: a) Quem escreveu? b) Quando e onde foi escrito? c) Qual o tema ou a razão principal do escritor? d) A quem se dirigiu o escritor?

3.    Leitura global e identificação da ideia principal, a tese do autor, através da contagem das palavras mais repetidas.

4.    Ler cuidadosamente o texto. Ter atenção com as vírgulas, pontos finais e parágrafos, pontos de exclamação e interrogação, dois pontos e ponto e vírgula.

5.    Ter atenção com o sentido das palavras essenciais para a compreensão do texto.

6.    Identificar como o autor desdobra a sua ideia principal, comprovando-a ou a rejeitando.

7.    Elaborar um mapa conceitual ou esquema para visualizar a ideia principal e como ela se conecta às suas ideias afluentes.

8.    Confrontar, associar os dados da leitura atual ao acervo mental adquirido em leituras anteriores.

9.    Aplicar o texto à finalidade para qual você leu e interpretou a obra sem forjar o autor apenas dialogar com ele.


_____
HERMENÊUTICA: É a ciência e arte que estuda a interpretação dos textos.
EXEGESE: É a aplicação das regras estabelecidas pela hermenêutica.
INTERPRETAÇÃO: É a explicação do sentido de um texto.

Não basta estudar. É preciso aprender a estudar!



ROTEIRO DE ESTUDOS
TÉCNICAS DE ESTUDO

1.  Administração do tempo: Organize um horário semanal, estude em períodos de 20 a 50 minutos. Faça uma atividade física em cada intervalo de 5 a 10 minutos. Durma o suficiente e não estude noite adentro.

2.  Escolha um local adequado: Procure um ambiente confortável e silencioso, longe de TV, do celular e som. Se você gosta de estudar com música, ouça apenas instrumental.

3.  Estado mental: Antes de começar, limpe sua mente anotando as ideias em um papel. Isso gera a correta concentração. Motive-se e tenha um objetivo, somente estude se estiver se sentindo bem e prazeroso. Palavras-chave: Concentração e motivação.

4.  Alimentação adequada: Tenha uma alimentação equilibrada, baseada em carboidratos, que aumente a serotonina e não roube a energia destinada à aprendizagem e nem provoque peso e sono. Se estiver com fome, coma primeiro e, depois comece a estudar.

5.  Leitura didática: Leia o texto duas vezes, uma por cima captando só a idéia principal, na segunda vez, ponha atenção nos detalhes. Depois da leitura, elabore um esquema dele, consulte e confronte pelo menos 3 fontes e converse com alguém sobre o assunto.

6.  Pesquisa: Escolha o tema, o objetivo da aprendizagem, leia as fontes, resuma as ideias chave através de esquemas ou fichamentos. Use o método: Tese (a ideia principal), antítese (o que contraria esta ideia), e síntese (qual a conclusão, elaboração de um conceito que ajude a amarrar todas as outras ideias afluentes).

7.  Aplicação do conhecimento: Aprendizagem só será assimilada e acomodada, se tiver algum nexo com a sua realidade. O resultado de assimilação adequada é o discurso livre, esquematização espontânea, associação, contraposição e aplicação a outros problemas.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Indicação de leituras



         
    Para quem está iniciando em filosofia ou mesmo para os veteranos quando precisam realizar uma leitura introdutória a um filósofo, a Coleção 90 minutos da Editora Zahar é uma boa indicação.

   Você pode encontrá-la aqui.
 
 

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Romance da História da Filosofia