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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Agostinho

AGOSTINHO DE HIPONA: CRISTIANISMO A PARTIR DE PLATÃO



     Aurélio Agostinho (354-430) nasceu em Tagaste, na África. Inicialmente, era um professor de retórica, mais tarde se converteu ao cristianismo, tornou-se bispo de Hipona. Partindo de Platão, Agostinho em sua defesa do cristianismo desenvolveu uma filosofia cristã. As suas principais ideias foram:
a)      Espírito - Defendia a supremacia do espírito em relação ao corpo. O homem deveria, no uso de sua liberdade, harmonizar suas vontades materiais com a vontade divina.
b)      Graça - A salvação do homem se dá mediante a cooperação do esforço pessoal com a graça divina. Apenas aos predestinados seria concedida a graça.
c)      Moral - A vontade determina a vida e as ações humanas. Mesmo com o conhecimento do bem o homem pode obedecer à sua má vontade e cometer o pecado.
d)     Fé e razão – A fé precede a razão. É necessário crer para compreender e a compreensão adquirida pela razão confirma e aprofunda a fé.

     O grande opositor de Agostinho foi Pelágio que defendia que a boa vontade e as obras humanas seriam suficientes para a salvação individual. Agostinho tem o mérito de ter desenvolvido, pelo menos em gênese, os conceitos de pessoa, de interioridade e a compreensão da vontade humana no ato moral. Neste aspecto, ele tomou uma direção diferente de Sócrates.

Filosofia Medieval

FILOSOFIA E CRISTIANISMO

Com o fim do Império Romano Ocidental no século V, a Igreja Católica foi a única instituição social que se manteve de pé. A partir de então se constituiu em todo o território pertencente ao Império uma sociedade regida pelos princípios do cristianismo. Neste contexto, a cultura se adéqua à fé e os temas de filosofia passam a girar em torno dos polos: fé e razão. Os filósofos cristãos trouxeram para o campo da filosofia a premissa de que a fé é a fonte da verdade. Portanto, o papel do filósofo era apenas demonstrar racionalmente as verdades da fé. A filosofia chamada de medieval desenvolveu-se em quatro momentos:
a)      O dos padres (pais) apostólicos (século I e II): Neste período, os apóstolos e seus sucessores imediatos difundiram o cristianismo no Império Romano. Novas ideias se encontraram com a filosofia grega. Paulo é o destaque desta fase.
b)      O dos padres (pais) apologistas (século III e IV): Neste segundo momento, começaram a defender o cristianismo contra a filosofia pagã. Pois, eles o consideravam superior à filosofia. Destaques: Orígenes, Justino, Tertuliano.
c)      O da patrística (do século IV ao VIII): Os filósofos deste período procuraram conciliar fé e razão sob a influência da filosofia de Platão. Destaca-se nesta empreitada Agostinho de Hipona.
d)     O da escolástica (do século IX ao XVI): Ocorreu uma sistematização da filosofia cristã a partir de Aristóteles, tendo como destaque nesta atuação Tomás de Aquino.

Posteriormente, uma tradição desenvolveu-se desvinculada dos temas cristãos por Guilherme de Ockam, Roger Bacon, Avicena e Averróis. 

Síntese

VISÃO PANORÂMICA DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA

Sem dúvida, o conhecimento da filosofia depende em parte do conhecimento de sua trajetória no tempo, desde as origens gregas até o século XXI. A história da Filosofia geralmente é estudada seguindo as eras da história da civilização ocidental.  Cada época houve filósofos marcantes e ideias predominantes. Assim se divide a história da filosofia:
Filosofia Antiga: Os filósofos de destaque foram Sócrates, Platão, Aristóteles. Temática: Natureza, homem, ser, conhecimento, felicidade. Nesta época, foram lançadas as bases do que entendemos como filosofia.  Na antiguidade, a atividade filosófica se desenvolveu exclusivamente na Grécia, e posteriormente, em Roma. Séc. VI a. C. – Séc. V d. C.
Filosofia Medieval: Os principais pensadores foram Plotino, Agostinho, Tomás de Aquino, Abelardo, Guilherme de Ockam. Temática: Ser, Deus, fé, razão, conhecimento, moral. Período de domínio do cristianismo na cultura. Os polos de toda discussão eram razão e fé.  Séc. VI-XV.
 Filosofia Moderna: Os filósofos exponenciais foram Descartes, David Hume, Blaise Pascal, Rousseau, Immanuel Kant. Temática: Razão, homem, conhecimento, direito. A modernidade se inaugurou com o privilégio da razão na busca do saber e fundou os princípios básicos da noção de indivíduo e de direitos naturais. Séc. XVI-XIX.

Filosofia Contemporânea: Os filósofos foram Hegel, Marx, Nietzsche, Heidegger, Sartre, Wittgenstein, Foucault. Temática: Ser, linguagem, existência, técnica. Principalmente a partir do século XX a filosofia passou a se ocupar com uma pluralidade de temas sendo os principais a linguagem, o conhecimento e a política. Séc. XIX até hoje.
 

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