O
CONHECIMENTO PARTE DA EXPERIÊNCIA
A
filosofia moderna surgiu com um forte interesse em entender a origem do
conhecimento. Os empiristas reagiram contra as ideias inatas propostas por René
Descartes e defenderam a importância da experiência na aquisição do
conhecimento.
O
empirismo teve sua origem na Inglaterra. Os principais representantes desta
corrente foram Thomas Hobbes, John Locke, David Hume e George Berkeley.
Segundo
Locke, quando nascemos nossa mente é vazia. O conhecimento se forma a partir da
experiência. Ele se constitui de dois tipos de ideias: Ideias de sensação (são
ideias vindas pelos sentidos) e as ideias de reflexão (as ideias que já
passaram pelo raciocínio). A combinação destas ideias gera o conhecimento.
Portanto,
a conclusão dos empiristas é que não há nada na mente que não tenha passado
pelos sentidos.
ATIVIDADES
1 – Explique: “A mente humana, no instante
do nascimento, é uma tábula rasa” (Locke).
2 – Elabore um quadro apontando as
principais diferenças entre racionalismo e empirismo?
3 - (Ueg 2012) David Hume nasceu na cidade de
Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o
século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se formam, Hume
parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das pessoas. Do
ponto de vista de um empirista,
a) não existem ideias inatas.
b) não existem ideias abstratas.
c) não existem ideias a posteriori.
d) não existem ideias formadas pela
experiência.
4 - (Enem 2012)
TEXTO
I
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram
enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou
uma vez.
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo:
Abril Cultural, 1979.
TEXTO
II
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma
ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas
indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível
atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa
suspeita.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São
Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a
natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que
Descartes e Hume
a) defendem os sentidos como critério originário
para considerar um conhecimento legítimo.
b) entendem que é desnecessário suspeitar do
significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica.
c) são legítimos representantes do criticismo
quanto à gênese do conhecimento.
d) concordam que conhecimento humano é impossível
em relação às ideias e aos sentidos.
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos
sentidos no processo de obtenção do conhecimento.
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