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quarta-feira, 19 de março de 2014

Ética: Reflexões de Agostinho

ÉTICA DE AGOSTINHO DE HIPONA

Agostinho de Hipona (354-430) considera a felicidade (beatitudo) como um desejo humano universal. E introduz no debate ético a noção de livre-arbítrio. Ele contrapõe assim o intelectualismo moral da Sócrates. A vontade ganha um papel específico na compreensão da ação moral.
A liberdade humana é própria da vontade e nela reside a fonte do pecado. A pessoa peca usando sua liberdade para satisfazer sua má vontade. Agostinho divide os bens que desejamos em inferiores e superiores. Estabelece uma hierarquia cujo bem maior é Deus. Como há muitos bens a vontade pode tentar a escolher bens inferiores.
O homem não é autônomo na sua vida moral, o que conduz seus atos é a vontade, mesmo sabendo que ele pode querer o mal. A razão e a vontade são faculdades de um mesmo espírito, porém, são independentes. A razão tem a faculdade de conhecer os bens, mas o que escolhe é a vontade.
Neste ponto, entra a noção de graça divina. É o auxílio que o homem recebe para se perseverar na prática do bem. Já que sua vontade se enfraqueceu com o pecado original.
Agostinho elabora sua teoria moral procurando explicar a origem do mal que está justamente no uso da liberdade. Quando o homem se fecha no amor a si, convertendo-se para a criatura e se afastando de Deus, abusa de sua liberdade realizando escolhas indevidas.

QUESTÕES

1.   O que diferencia a ética cristã da ética grega?
2.   Para Agostinho, a virtude é o bom uso da liberdade de escolha. Com base nessa afirmação, explique a ética agostiniana.
3.   Que papel tem a vontade humana no pensamento de Agostinho?
4.   De que maneira o conceito de graça divina, defendido por Agostinho, rompe com a ética pagã?

5.   Compare as duas posições a seguir e redija a sua posição: I – Agostinho pensava que o homem possui uma inclinação natural para o mal; II – Rousseau defendia que o homem é naturalmente bom e puro, é a sociedade que o corrompe.

Natureza e Cultura I

NATUREZA E CULTURA
                                                                  
    
   Os seres humanos são seres culturais. Isso se deve à sua capacidade de modificar o estado de natureza. A espécie humana tem como vantagem sobre os outros animais o fato de ter desenvolvido a linguagem simbólica. Além das características inatas, o homem foi capaz de adquirir novas características e habilidades que possibilitaram a sua adaptação ao meio natural.
    Segundo Taylor, cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei e os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridas pelo homem como membro da sociedade”. São características da cultura: Adquirida pela aprendizagem; transmitida de geração a geração; criação exclusiva dos seres humanos; múltipla e variável no espaço e no tempo.
    Os traços culturais nos permitem identificar determinado grupo humano. Mesmo todos os seres humanos sendo de uma mesma espécie, diferenciam-se pelas características culturais. O processo de transmissão da cultura de geração a geração é denominado de endoculturação.
    A cultura é um meio de adaptação do homem aos diferentes ambientes. Os outros animais precisam adaptar seu equipamento biológico enquanto o homem utiliza mecanismos extraorgânicos. Enquanto uma baleia para se adaptar à vida marítima teve de modificar seu corpo, o homem para viver no mar bastou construir um instrumento alheio ao seu corpo, o barco.
    O fato de o homem enxergar o mundo através de sua percepção cultural, ele tende a considerar seus hábitos como certos. Chamamos esse procedimento de etnocentrismo. Os europeus deram um tratamento desumano aos indígenas e africanos porque consideravam seus costumes superiores. O indígena era considerado como rude.
    Por outro lado, a cultura é algo tão forte no ser humano que os africanos escravizados estranhavam tanto a vida nas colônias americanas que ficavam tristes e cometiam suicídio. A cultura, portanto, é meio de identificação, de pertencimento.

QUESTÕES
1.Faça a distinção entre natureza e cultura.
2.Quais são as características da cultura?
3.Ao processo de transmissão da cultura de geração a geração, denominamos de:
a)    Biogênese.
b)   Antropologia.
c)    Educação.
d)   Endoculturação.
   4. Qual é o significado de etnocetrismo?
 5   5. O que causa o choque no encontro entre duas culturas?

O Pensamento de Aristóteles

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DE ARISTÓTELES
                                                                  


QUESTÕES

1.    Como Aristóteles explica o movimento e a mudanças das coisas?
2.    Analise e defina as diferenças básicas entre a teoria do conhecimento de Platão e de Aristóteles?
3.    Em que consiste a virtude para Aristóteles?
4.    O processo intelectual de aquisição do conhecimento utilizado por Aristóteles é a:


a)    Dedução.
b)    Declaração.
c)    Indução.
d)    Coerção.



quinta-feira, 13 de março de 2014

O Pensamento de Platão

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DE PLATÃO, DISCÍPULO DE SÓCRATES

   

 Platão (428-348) foi o discípulo de Sócrates de mais destaque. Conhecemos as ideias de Sócrates através de suas obras. O pensador nasceu e morreu em Atenas (Grécia). Fundou a primeira instituição de educação superior no mundo ocidental, a Academia. Sua filosofia está voltada para o estudo da realidade (Teoria das Ideias), origem do conhecimento, a dialética e o problema da ética e da justiça.

ALEGORIA DA CAVERNA
Platão, em seu livro “República”, conta uma pequena história que representa o estado do homem que começa a filosofar:

Imaginemos todos os muros bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomarão por louco e inventor de mentiras. (WIKIPÉDIA, 2014).

QUESTÕES

1.   Que condições contribuíram para o surgimento da filosofia na Grécia Antiga?
2.   O que motiva os homens a filosofar?
3.   Segundo Platão, a verdadeira realidade está dentro ou fora da caverna? Justifique sua resposta.
4.   Para Platão, quem atinge a luz da razão deve se contentar apenas contemplando o que descobriu?
5.   Qual deve ser então o papel do filósofo?
6.   O que representa a caverna na história (alegoria) de Platão?
7.   Explique e identifique como vivemos no mundo da caverna hoje?
8.   O prisioneiro que se liberta representa:

a)  O ignorante.
b)  O filósofo.
c)  O próprio Platão.
d)  O rebelde.


9.   Platão procurou mostrar com o mito da caverna que, assim como os prisioneiros não suspeitavam da existência das coisas que eram as causas das sombras que eles viam, nós também vivemos num mundo de coisas materiais sem suspeitar da existência de uma realidade além da natureza sensível, que só pode ser percebida pelo intelecto.
A doutrina platônica sobre a relação entre o mundo sensível e o inteligível é conhecida como:


a) Empirismo.
b) Teoria das Quatro Causas.
c) Teoria das Ideias.
d) Dualismo.



O Pensamento de Sócrates

SÓCRATES E O INÍCIO DO PENSAMENTO CLÁSSICO

Sócrates
       Sócrates (470-399 a. C.) nasceu e morreu em Atenas. Ele era filho de um escultor e de uma parteira. Começou seu caminho na filosofia próximo aos naturalistas, porém, seguiu uma direção bem diferente. Ensinava nas praças públicas, tornou-se famoso entre os jovens. Foi acusado e condenado por não crer nos deuses e por corromper os jovens. Recebeu a sentença de morte determinando que ele bebesse veneno. Então, bebeu cicuta e morreu rodeado por seus alunos.

Os sofistas
     Sócrates criticou duramente um grupo de filósofos de sua época chamado de sofistas. Enquanto, Sócrates buscava a verdade e a razão, os sofistas que eram professores ambulantes eram relativistas. Eles defendiam que cada um tem sua verdade. Os famosos deles foram Protágoras de Abdera e Górgias de Leontino. Protágoras ensinava que “o homem é a medida de todas as coisas”. É um indivíduo que decide o bem e o mal, o falso e o verdadeiro. Verdade é aquilo que tem utilidade. Górgias foi mais longe ainda. Dizia que não existem bem e mal, nem verdadeiro e falso. Mesmo que isso fosse verdade, não poderia ser conhecido. E se fosse conhecido não seria passível de ser comunicado aos outros. Sócrates acusava esses filósofos porque eles cobravam para ensinar e ensinava às pessoas a debaterem, vencendo os argumentos dos outros, forjando a verdade.

O problema antropológico
     Sócrates procurou se concentrar no problema sobre o homem. Ele afirma que o homem se distingue dos demais animais pela sua racionalidade (psyché). Ele estabelece como mais importante busca para o homem conhecer a si mesmo. É cuidando da alma que o homem se torna virtuoso. Se o homem não cuida de si mesmo, com prioridade, muito menos alcançará outros bens.

O problema ético
     Se a tarefa principal do homem é conhecer a sua alma, também o maior valor é o aperfeiçoamento da alma. Para Sócrates os valores exteriores e materiais ficam em segundo plano.  As pessoas cometem o mal por ignorância, somente o conhecimento é que conduz a uma vida boa e justa. A base de toda virtude é o autodomínio (enkráteia). O homem precisa se dominar diante de seus impulsos e sentimentos. A alma tem de ser a senhora do corpo. Essa vitória do homem sobre suas limitações o conduz à autonomia (autárkeia) e à felicidade (eudaimonía).

QUESTÕES


1.    Quais eram os maiores adversários de Sócrates e o que eles defendiam?
2.    A expressão “o homem é a medida de todas as coisas” significa...
3.    Segundo Sócrates, o homem se distingue dos outros animais porque:
a)    Ele é a medida de toda a realidade.
b)    Ele pode alcançar a felicidade.
c)     Ele possui racionalidade.
d)    Ele é o ponto de partida da evolução.
4.     Sócrates se diferenciou dos naturalistas, quanto ao foco de sua filosofia. Qual foi essa diferença?
5.     Segundo a moral socrática, qual deve ser a maior preocupação do homem?
6.     Defina as palavras autodomínio e autonomia.
7.     Em síntese, o que é preciso para alcançar a felicidade?
8.     Qual é a relação existente entre corpo e alma no pensamento de Sócrates?

9.     Desenvolva uma dissertação sobre a frase “Conhece-te a ti mesmo”.

Os Primeiros Filósofos

OS PRÉ-SOCRÁTICOS


Os primeiros filósofos foram chamados de pré-socráticos. O objetivo deles era compreender a natureza (physis). Então, discutiram sobre o princípio que deu origem a tudo que existe (arché). Por causa disso eles são chamados também de físicos ou naturalistas. Os principais filósofos pré-socráticos e as arché que defendiam foram:
Escola Jônica: Tales de Mileto - água, Anaximandro de Mileto - ápeiron, Anaxímenes de Mileto - ar, Heráclito de Éfeso - fogo.
Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona, Árquitas de Tarento.
Escola Eleática: Xenófanes - terra, Parmênides de Eleia - fogo, terra, Zenão de Eleia, Melisso de Samos.
Escola da Pluralidade:  Empédocles de Agrigento - terra, ar, fogo e água, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera - átomos.
Escola Eclética: Diógenes de ApolôniaArquelau de Atenas.
Eles são agrupados segundo a região ou linha de pensamento semelhante. Dá-se o nome de escola a esses grupos. Além de discutir sobre a arché, outros temas foram considerados por eles.

Duas posições sobre as transformações da natureza

Dois filósofos de pensamento opostos investigaram sobre as mudanças da realidade. Parmênides de Eleia afirmava que tudo é eterno, nada se transforma na natureza. As mudanças são ilusão de nossos sentidos, somente a razão nos faz conhecer a verdade (“Nada nasce do nada...). Por outro, Heráclito de Éfeso defendia que tudo constantemente e que podemos confiar nos nossos sentidos (“Tudo flui”).

O privilégio dos números

Pitágoras de Samos se dedicou à matemática, portanto, sua arché é o número. E todo o universo seria harmonia e número. O número era compreendido como real e não só abstração como entendemos hoje.

A teoria sobre os átomos

Leucipo e Demócrito de Abdera pensavam que toda a natureza era constituída de minúsculas partículas (átomos). De certo modo, eles anteciparam a teoria moderna dos átomos.

QUESTÕES

1.   Qual era o objetivo dos filósofos naturalistas?
2.   Explique a diferença entre Parmênides e Heráclito na compreensão da natureza.

3.   Qual a importância do pensamento de Demócrito de Abdera?

Ética na História II

ESTUDO DA OBRA “ÉTICA A NICÔMACO” DE ARISTÓTELES

As questões abaixo devem ser respondidas a partir de um conhecimento prévio da obra de Aristóteles:

1.    (PUC-PR/2008). Para Aristóteles, em Ética a Nicômaco, “felicidade [...] é uma atividade virtuosa da alma, de certa espécie”.
Assinale a opção que NÃO condiz com a referida definição aristotélica de felicidade.
a) Felicidade só é possível mediante uma capacidade racional, própria do homem.
b) Ter felicidade é obter coisas nobres e boas da vida que só são alcançadas pelos que agem retamente.
c) Felicidade é uma fantasia que o homem cria para si.
d) Nenhum outro animal atinge a felicidade a não ser o homem, pois os demais não podem participar de tal atividade.
e) A finalidade das ações humanas, o bem do homem, é a felicidade.

(UEL/2010) No livro II da Ética a Nicômaco, Aristóteles diz que há duas espécies de virtudes – dianoética ética. A virtude dianoética requer o ensino, o que exige experiência e tempo. Já a virtude ética é adquirida pelo hábito e não é algo que surge por natureza. Isso não quer dizer que as virtudes são geradas em nos contrariando a natureza. Para Aristóteles, somos naturalmente aptos a receber as virtudes e nos aperfeiçoamos pelo hábito.
Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre a ética aristotélica, considere as afirmativas a seguir:
(1) A virtude dianoética e a virtude ética são adquiridas, respectivamente, pela experiência, tempo e hábito.
(2) A virtude dianoética e a virtude ética, por serem inatas, são facilmente aprendidas desde a infância.
(3) Os seres humanos são naturalmente aptos a receber as virtudes éticas, embora não sejam virtuosos por natureza.
(4) O hábito, de forma necessária, nos torna melhores eticamente, contudo as virtudes independem da ação para o desenvolvimento moral do individuo.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são corretas.
b) Somente as afirmativas 1 e 3 são corretas.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são corretas.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são corretas.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são corretas.

03) (UFSC – com adaptações) A Ética a Nicômaco e o principal tratado ético de Aristóteles. Dois tópicos centrais da ética aristotélica são a teoria das virtudes e a analise do conceito de justiça. Sobre esses dois tópicos, leia com atenção as seguintes afirmativas:
I. Para Aristóteles, o ser humano possui apenas um tipo de virtude, ligada apenas as disposições morais e não as intelectuais.
II. As virtudes são o meio-termo entre disposições morais contrarias.
III. Ações morais que exprimem o caráter virtuoso são praticadas por causa de algo exterior a elas.
IV. Ações morais têm de ser necessariamente as ações voluntarias.
V. Aristóteles determina a sabedoria pratica (sophronise) como uma capacidade superior a inteligência (nous).
VI. Para Aristóteles, a amizade e uma virtude de equilíbrio.
Assinale a opção CORRETA.
a) Somente as afirmativas II, III e VI são corretas.
b) Somente as afirmativas I, IV, V e VI são corretas.
c) Somente as afirmativas I, IV e VI são corretas.
d) Somente as afirmativas I, IV e V são corretas.
e) Somente as afirmativas II, IV e VI são corretas.

04) (Livre de Filosofia e Sociologia da Ana Carolina e Rodrigo Lopes) “A virtude e, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consistente numa mediania, isto e, a mediania relativa a nos, a qual e determinada por um principio racional próprio do homem dotado de sabedoria pratica. E é um meio-termo entre dois vícios, um por excesso e outro por falta; pois que, enquanto os vícios ou vão muito longe ou ficam aquém do que e conveniente no tocante as ações e paixões, a virtude encontra e escolhe o meio-termo.” (ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, II,6. São Paulo: Nova Cultural,1987. p. 33. Col. “Os Pensadores”.)
Considerando o trecho acima e a concepção aristotélica de virtude, assinale a opção correta.
a) A virtude consiste na rejeição de todo prazer, resultado do uso da razão do homem sábio e corajoso, que, contendo suas paixões, escolhe viver de modo ascético e agir sempre com piedade e compaixão, dispondo se a sacrificar a qualquer momento a própria vida pelo próximo, pois, pleno de audácia e entusiasmo, não teme de forma alguma a morte.
b) A virtude e a firme e irrefletida determinação para superar uma condição viciosa, como a coragem, que, por se opor totalmente a covardia, define-se como temeridade ou audácia.
c) A virtude consiste numa capacidade equilibrada e racional de agir, como, a verificada na coragem, medianeira entre o excesso de audácia que caracteriza a temeridade e a falta de audácia ou excesso de medo do covarde.
d) A virtude e a capacidade ou forca do político corajoso, que usa racionalmente seus recursos para conservar seu poder.

05) (UEL/2005) “A busca da ética e a busca de um ‘fim’, a saber, o do homem. E o empreendimento humano como um todo, envolve a busca de um ‘fim’: ‘Toda arte e todo método, assim como toda ação e escolha, parece tender para um certo bem; por isto se tem dito, com acerto, que o bem e aquilo para que todas as coisas tendem’. Nesse passo inicial de a Ética a Nicômaco, esta delineado o pensamento fundamental da Ética. Toda atividade possui seu fim, ou em si mesma ou em outra coisa, e o valor de cada atividade deriva da sua proximidade ou distancia em relação ao seu próprio fim”.
PAIXAO, Marcio Petrocelli. O problema da felicidade em Aristóteles: a passagem da ética a dianoética aristotélica no problema da felicidade. Rio de Janeiro: Pós-Moderno, 2002. P. 33-34.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a ética em Aristóteles, considere as afirmativas a seguir.
I. O “fim” último da ação humana consiste na felicidade alcançada mediante a aquisição de honrarias oriundas da vida política.
II. A ética e o estudo relativo a excelência ou a virtude próprias do homem, isto e, do “fim” da vida humana.
III. Todas as coisas tem uma tendência para realizar algo e, nessa tendência, encontramos seu valor, sua virtude, que e o “fim” de cada coisa.
IV. Uma ação virtuosa e aquela que esta em acordo com o dever, independentemente dos seus “fins”.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

06) (UFU – 2˚/2003) “Sendo, pois, de duas espécies a virtude, intelectual e moral, a primeira, por via de regra, gera e cresce graças ao ensino – por isso requer experiência e tempo; enquanto a virtude moral e adquirida em resultado do habito, donde ter se formado o seu nome ética [ethike] por uma pequena modificação da palavra hábito [éthos]. Por tudo isso, evidencia-se também que nenhuma das virtudes morais surge em nos por natureza; com efeito, nada do que existe naturalmente pode formar um habito contrario a sua natureza. Por exemplo, a pedra que por natureza se move para baixo não se pode imprimir o habito de ir para cima, ainda que tentemos adestra-la jogando-a dez mil vezes no ar; nem se pode habituar o fogo a dirigir-se para baixo, nem qualquer coisa que por natureza se comporte de certa maneira a comportar-se de outra”.
Aristóteles. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 267 Coleção “Os Pensadores”.
A partir da analise do texto acima, estabeleça, em primeiro lugar, a distinção entre virtude intelectual e moral; mostre, a seguir, por que a virtude moral não surge em nos por natureza.


 

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