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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Filosofia do Trabalho

ALIENAÇÃO, TRABALHO E CONSUMO
           
A alienação é o processo pelo qual os atos de uma pessoa são dirigidos ou influenciados por outros e se transformam em uma força estranha contrária a qu
em a produziu. No capitalismo, segundo Karl Marx (1818-1883), o trabalho é alienado porque o trabalhador conhece apenas uma fase do processo de produção em que especializado, não possui os meios de produção, não desfruta dos benefícios de seu trabalho e vende sua força de trabalho para o patrão. O próprio trabalhador se torna uma mercadoria.
            O consumo é um fenômeno contemporâneo vinculado ao trabalho. Jean Baudrillard em sua obra “A Sociedade do Consumo” considera que a lógica do consumo está na impossibilidade de que todos consumam. Os carros importados e as roupas de grifes são atraentes porque representam signos de uma classe privilegiada. A sociedade consumista se pauta num modelo de felicidade mensurável, o bem-estar é mensurado por objetos e sinais de conforto.
            Os produtos são signos da diferença de status. As pessoas consomem para evitar constrangimentos de diferenciação social. A propaganda faz uso desses recursos psicológicos provocando nas pessoas a ansiedade em consumir. Os produtos se sucedem com uma rapidez enorme. As pessoas sempre querem compra um produto recém-lançado mesmo já possuindo um similar em pleno funcionamento.

            O consumidor alienado age como se a felicidade consistisse em possuir coisas. O gosto é condicionado pelo mercado. Tanto o trabalho quanto o consumo podem ser alienados.

Kant


CRITICISMO DE KANT



Immanuel Kant (1724-1804) é considerado o maior filósofo do iluminismo. Ele procurou analisar as origens do conhecimento e realizou um exame crítico da razão. Sua filosofia colocou em cheque a oposição entre racionalismo e empirismo. Sua filosofia procurou respondeu quatro questões: O que posso saber? Como devo agir? O que posso esperar? O que é o ser humano?
Para Kant, o iluminismo é o momento que o indivíduo atinge a maioridade, torna-se autônomo. Esta posição fica clara no texto “O que é Ilustração?”, de 1783.

O QUE POSSO SABER?

Na sua obra “Crítica da Razão Pura”, Kant distingue duas formas do ato de conhecer: Conhecimento empírico – São os dados fornecidos pelos sentidos. Conhecimento puro: É a operação racional anterior à experiência.
O conhecimento puro conduz a juízos universais e necessários. Os juízos são analíticos (independem da experiência e são universais), sintéticos (resultam experiência e são privados) e estéticos (são subjetivos, variados).
Só existe o conhece a priori de algumas coisas, as demais dependem da experiência e além disso, não possível conhecer a coisa em si.

COMO DEVO AGIR?

Kant entende a moral como uma obrigação. Seu pensamento está sintetizado no imperativo categórico: “Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma lei universal.”  

O dever moral tem de se cumprido independente de nossa vontade e a ação deve servir de exemplo para toda a humanidade.


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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Filosofia e Empregabilidade

FILOSOFIA DO TRABALHO: FILOSOFIA E EMPREGABILIDADE SE ENCONTRAM



A Filosofia do Trabalho é uma reflexão filosófica sobre o significado do trabalho para a sociedade.  Esta abordagem dentro da filosofia tem como objetivo levar o aluno a compreender o valor social e cultural do trabalho. Neste ponto, filosofia e empregabilidade se encontram.

Conceituando Trabalho

Podemos dizer que trabalho é toda atividade na qual o ser humano utiliza sua energia para satisfazer necessidades ou atingir um determinado objetivo.
O trabalho tem dois papéis: Ele contribui para realizar as potencialidades de cada indivíduo e, coletivamente, desempenha o papel de desenvolvimento da sociedade.

A Filosofia do Trabalho em Karl Marx

            O principal filósofo a estudar especificamente o trabalho foi certamente Karl Marx. Enquanto, na modernidade se compreende o trabalho como fator de realização do indivíduo, Marx considera que o trabalho sofreu um desvio de função na modernidade passou a ser instrumento de alienação. O homem passa a vender sua força de trabalho e passar a viver função da realização financeira do patrão.

Compreensão do Trabalho na História

            Na Grécia Antiga, o trabalho manual era uma atividade desprezível. Apenas o trabalho intelectual era considerado como atividade própria de cidadãos livres. Esta conotação mudou  um pouco com a Idade Média, mas permaneceu com um sentido negativo. Neste período, por influência do cristianismo o trabalho passou a ser considerado como provação.
            A modernidade impulsionada pelo espírito capitalista dá ao trabalho a conotação de sucesso econômico. Hegel considera que o trabalho é a construção do ser humano.

Cultura do Consumo


            O consumo é um fenômeno contemporâneo vinculado ao trabalho. Jean Baudrillard em sua obra “A Sociedade do Consumo” considera que a lógica do consumo está na impossibilidade de que todos consumam.  A sociedade consumista se pauta num modelo de felicidade mensurável, o bem-estar é mensurado por objetos e sinais de conforto.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Empirismo

O CONHECIMENTO PARTE DA EXPERIÊNCIA



    A filosofia moderna surgiu com um forte interesse em entender a origem do conhecimento. Os empiristas reagiram contra as ideias inatas propostas por René Descartes e defenderam a importância da experiência na aquisição do conhecimento.
    O empirismo teve sua origem na Inglaterra. Os principais representantes desta corrente foram Thomas Hobbes, John Locke, David Hume e George Berkeley.
    Segundo Locke, quando nascemos nossa mente é vazia. O conhecimento se forma a partir da experiência. Ele se constitui de dois tipos de ideias: Ideias de sensação (são ideias vindas pelos sentidos) e as ideias de reflexão (as ideias que já passaram pelo raciocínio). A combinação destas ideias gera o conhecimento.
    Portanto, a conclusão dos empiristas é que não há nada na mente que não tenha passado pelos sentidos.

ATIVIDADES

1 – Explique: “A mente humana, no instante do nascimento, é uma tábula rasa” (Locke).
2 – Elabore um quadro apontando as principais diferenças entre racionalismo e empirismo?

3 - (Ueg 2012) David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista, 
a) não existem ideias inatas. 
b) não existem ideias abstratas. 
c) não existem ideias a posteriori. 
d) não existem ideias formadas pela experiência. 

4 - (Enem 2012) 

TEXTO I 
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. 
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979. 

TEXTO II 
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita. 
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado). 

Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume 
a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. 
b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. 
c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. 
d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. 

e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento. 


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Epistemologia

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA DA CIÊNCIA
 
Grupo de ativistas invadiu o Instituto Royal, em São Roque, São Paulo na madrugada de 18/10/13 em protesto ao uso dos animais para realização de testes em laboratório (Foto: Avener Prado / Folhapress).


Análise da notícia:Após denúncia de maus-tratos, grupo invade laboratório e leva cães beagle” (www.g1.globo.com) – O episódio gera duas discussões: 1) A população pode interferir nos trabalhos da comunidade científica? 2) Seria ético utilizar animais em experimentos científicos?


PROBLEMATIZAÇÃO: Qual a relação entre ciência e senso comum? Qual a relação entre ciência e religião? Qual a relação entre ciência e filosofia?

1 - Conceito de ciência

    A filosofia da ciência é uma reflexão sobre os fundamentos e os métodos do saber científico. A ciência, por sua vez, é um conhecimento objetivo, rigoroso e universal testado pela experiência.

 2-  As características da ciência

    São características que diferenciam ciência de senso comum:

Ø  Universalidade: As conclusões da ciência são aplicadas a todos os casos observados, são sistemáticas e controláveis pela experiência.
Ø  Unificação: As teorias associam fenômenos aparentemente díspares na geração conhecimento, algo impensável para o senso comum.
Ø  Objetividade: O conhecimento científico é imparcial e independente das preferências individuais.
Ø  Neutralidade: A ciência não tende a atender interesses de sistemas de valores particulares, opera dentro de qualquer sociedade.
Ø  Imparcialidade: Os valores considerados pelo cientista são exclusivamente cognitivos.
Ø  Rigor: A linguagem científica é rigorosa para evitar conceitos ambíguos.
Ø  Autonomia: As instituições científicas devem ser isentas de pressões e interferências externas.

Método científico

    O método científico adequado é aquele que proporcionará um conhecimento sistemático, preciso e objetivo.Os passos do método científico:

    1º - Observação: Verificação do fato ou fenômeno na realidade.
    2º - Problematização: É o questionamento sobre a observação realizada.
    3º - Formulação da hipótese: É uma suposição que explique o problema levantado na observação do fenômeno.
    4º - Experimentação: É realização de experiências para comprovar ou negar a hipótese.

  3 - Descoberta científica

    As descobertas científicas vão sendo classificadas para orientar novas pesquisas.
    Leis: É uma descrição de um fenômeno natural ou princípio que, invariavelmente, é verdade, em condições específicas e irá ocorrer em determinadas circunstâncias.
    Teorias: É uma explicação coerente para um grande número de fatos e observações sobre o mundo natural.

  4 - A ciência e os valores

    A ciência precisa ser autônoma, isenta de interferências de ideologias políticas e religiosas. Porém, a sua imparcialidade supõe um código de conduta interno para não se colocar a serviço de aplicações desumanas.

    Este limite da prática científica é discutido pela bioética. Entende-se por bioética a investigação sobre uma administração responsável da vida humana, animal e ambiental. É um campo transdisciplinar entre ciência, filosofia e direito que discute questões com aborto, células-tronco, clonagem.

Racionalismo Cartesiano

O PENSAMENTO DE RENÉ DESCARTES

A partir do método exposto em “O Discurso do Método” (1637) René Descartes conclui que a primeira verdade indubitável é “Penso logo existo”.  O mundo é composto por duas substâncias: A substância pensante (o eu, a consciência) e a substância extensa (o corpo, a matéria). Além da natureza existira a substância infinita que é Deus. Como consequência deste pensamento, temos posteriormente a Descartes uma ideia de que o homem é dividido em corpo e consciência, de modo separado, seccionado.
Descartes considerava o ser pensante mais importante que a matéria. Assim o conhecimento confiável era o racional. As percepções do sentido nos induziriam a erros.
Em sua busca pelas ideias verdadeiras, o filósofo formula o conceito de ideias inatas. São aquelas que estão na mente independente da experiência e auxiliam na compreensão das novas ideias. Os empiristas combateram a noção de ideias inatas.

Os filósofos Baruch Espinosa e Leibnitz também foram racionalistas. Eles encontraram grande oposição por parte dos empiristas ingleses John Locke e David Hume.

Teoria da Mente II

JUNG: INCONSCIENTE COLETIVO

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), aluno de Freud, desenvolveu a partir da Psicanálise uma teoria da mente chamada de psicologia analítica.
A primeira diferenciação da teoria de Freud é a ideia de que a vida psíquica não se reduz a sexualidade.  Para Jung, o inconsciente conserva imagens primitivas comuns a todos os povos. Elas foram chamadas de arquétipos. Portanto, a sua ideia é que o inconsciente é coletivo.

As experiências universais como nascimento, morte, mãe, sábio, herói, são imagens comuns a todos os povos. O arquétipo mais importante é o Self (a ideia de conexão com a totalidade). 


 

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